terça-feira, 29 de dezembro de 2009

RocknRolla

Bom, confesso que escrever não é bem um tipo de terapia para mim, acho que tem mais a ver com disciplina, mas como o convite foi feito pela minha irmãzinha e o assunto é cinema, e cinema sim, é uma terapia, então pode ser que dê certo, senão vou postando uns desenhos meio toscos que faço de vez em quando!

Vou confessar outra coisa, sou um pouco desatualizada em relação aos filmes que escolho pra assistir, mesmo quando vou ao cinema não costumo optar pelos últimos lançamentos, a não ser que seja um filme que eu esperava muito para ver por ser de algum diretor ou ator que eu goste. Portanto, não se assustem pelos títulos desenterrados.





Um dia desses assisti RocknRolla, dirigido pelo Guy Ritchie e lembrei que Jogos, trapaças e dois canos fumegantes foi o primeiro dvd que comprei para começar minha coleção de filmes, é um filme que eu recomendei para todo mundo. O ritmo, a fotografia e os ângulos da câmera eram diferentes de tudo que já tinha visto e tem uma ótima trilha sonora. A história é violenta, mas contada com certo humor, grupos de gângsteres, cada qual com um estilo e linguajar próprio, envolvidos com problemas diferentes, mas que ao longo de diversos acontecimentos acabam entrelaçados e, sem contar o final que é realmente surpreendente.


Depois, é claro que fiquei ansiosa para ver Snatch – Porcos e diamantes. Seguindo o estilo de Jogos, trapaças e dois canos fumegantes, o filme mantém atmosfera do submundo londrino interessante, tudo o que vimos no primeiro filme se acentuou em Snatch, as gangues aumentam e são mais caracterizadas, o que não significa que torne o filme melhor, mas ver Brad Pitt com sotaque cigano foi brilhante.

Em RocknRolla, o mesmo universo é explorado, desta vez com gangsteres mais poderosos, que comandam não só o mundo do crime, mas a cidade inteira. Apesar de envolver peixes maiores na história, tudo parece ter se tornado mais simples, as dívidas foram feitas e pagas com mais facilidade, os problemas foram resolvidos sem aquela tensão que se encontrava em Jogos...e Snatch. Conhecendo o final dos dois primeiros filmes, já se espera que Gerard Butler, que interpreta One Two, um criminoso sem muita experiência, saia são e salvo de qualquer risco que correria, mesmo quando todos os gangsteres se juntam em sua casa e colocam um saco preto em sua cabeça, era de se imaginar que ele se livrasse de todo sufoco fazendo piadinhas com seus parceiros e com o rockstar Johnny Quid, concluindo a história com mais um grande final e que sugere uma continuação chamada The Real RocknRolla.

Guy Ritchie quis contar de maneira bem-humorada, as conseqüências de se tentar entrar no ramo imobiliário em Londres e enfrentar os empresários deste negócio, que têm poder sobre a cidade e fazem parte da velha guarda do crime, e conseguiu seu objetivo, usando humor negro em alguns atos que se tornariam clichês de gangsteres e uma edição que torna as seqüências mais rápidas, tornando o ritmo mais continuo e divertido.

A receita é quase a mesma, mostrar a sombria Londres e seus malandros e talvez já tenha ficado um pouco previsível, mas ainda assim, a curiosidade de descobrir o que é ser um verdadeiro RocknRolla continua.

2 comentários:

  1. Acho que é de família... Se bem me lembro, foi a Regina que me indicou "Jogos, trapaças e dois canos fumegantes"... A partir do primeiro, ficou fácil virar fã do Guy Ritchie.
    Rocknrolla é demais! E tem cenas memoráveis, como a da declaração gay de amor e a da perseguição nos trilhos do tem...
    Parabéns pelo blog!!!
    Beijo pras duas! : )

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  2. É verdade, Rose, "Jogos, trapaças..." é um dos meus filmes de cabeceira... Ainda dakela época em que eu era fissurada por filmes britânicos... filmes, autores, música, tdo britânico, né? rs
    Bjuxxx
    Regina

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